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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Nutrição enteral é tema de debate na Casa

"Alimentação é direito básico e ampliar o programa de Terapia Nutricional Enteral (TNE) é garantir esse direito", declarou a deputada Celina Leão (PDT) em audiência pública que debateu a questão na tarde desta segunda-feira (6) no plenário.
De acordo com a doutora Ana Lúcia Salomon, nutricionista da Secretaria de Saúde, a nutrição enteral ocorre quando a alimentação oral é insuficiente ou impossível de ser realizada e a ingestão das necessidades nutricionais se dá por meio de sonda. O programa de terapia nutricional, que teve início em 1994 com um único paciente em Sobradinho, atualmente atende duas mil e trezentas pessoas. Salomon destacou que muitas vezes a assistência é domiciliar, como nos casos de pacientes portadores de neoplasias, de desordens intestinais, de demência, entre outros. Segundo ela, a terapia garante o aumento da sobrevida e a reabilitação nutricional dos pacientes.
Alimentação especial - A principal reivindicação dos nutricionistas e profissionais da secretaria que participaram do debate é a ampliar o TNE, bem como o atendimento na área de alimentação especial. O fornecimento de fórmulas nutricionais para pacientes com distúrbios alimentares diversos é um trabalho da Secretaria de Saúde com "demanda crescente", explicou a nutricionista Carolina Ribeiro Ganso. Segundo ela, os desafios são aumentar o número de servidores, ampliar o espaço para atendimento dos pacientes e o armazenamento de produtos. Carolina apresentou fotos demonstrando a "precariedade" do local, que inclui o estoque da Central de Nutrição Domiciliar.
O gerente de Nutrição da Secretaria de Saúde, Fábio Vinicius Pires da Silva, concordou que os programas precisam ser fortalecidos. A presidente do Conselho Regional de Nutrição, Dulcilene Montalvão, explicou que os nutricionistas são os responsáveis pela avaliação nutricional, que implica em fórmulas complexas, muitas vezes caras. Celina Leão argumentou que é necessário "inverter a pirâmide de prioridades da saúde pública". Ela explicou que é mais importante prestar atendimento especializado, como no caso da alimentação especial, do que arcar com altos custos de internação hospitalar, os quais poderiam ser evitados com política pública de saúde preventiva. 
Franci Moraes - Coordenadoria de Comunicação Social

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